Matéria produzida em 2 de Maio de 2007 para o Zine Metamorphose.
É cada vez mais comum encontrar jovens que compartilham do mesmo sonho: Seguir uma carreira musical. O motivo? O sucesso muita das vezes efêmero de bandas formadas por integrantes com uma faixa etária jovem, e que são lançadas por grandes produtores musicais. O que mais influencia é a mídia: Todos os dias acompanhamos o lançamento de uma banda diferente e a história de alguém que veio de um lugar calmo e que sonhava em cantar e hoje faz sucesso por todo o mundo, o que aumenta as expectativas de quem sonha em um dia contar uma história igual.É o caso de Vivian Suellen Jansen, 16. A garota que já fez um ano de E.M.E.M. (Escola de Musica do Estado do Maranhão), sonha em se formar em música e que segundo a mesma é um “mundo mágico”. “Quem tem a oportunidade de conhecer a fundo não quer nunca mais parar. Breves, semibreves, colcheias, semicolcheias, esse é o mundo no qual eu me encontro e realmente me sinto alguém”, diz.
Em um pequeno bate-papo, ela nos revela por que gosta de cantar e quando descobriu ter esse ‘dom’.
“Gosto de cantar por que me faz sentir alguém com um dom que poucos possuem... Às vezes canto pra preencher meu tempo, o vazio que sinto, me faz sentir melhor quando estou triste. É uma maneira de vomitar sentimentos, porém por meios de palavras cantadas.”
Vivian que quando criança cantarolava Sandy e Jr. como muitas outras da época hoje tem referências muito maduras: “Alanis e Amy Lee (vocal da banda Evanescence), são as minhas favoritas. Alanis a voz potente e segura, letras fortes e também românticas, já a Amy tem uma voz invejável, celestial, arrepiante, apaixonante... Uma cantora brasileira que tenho a maior admiração é a Elis Regina, que nos deixou sua querida filha que é o fenômeno Maria Rita”.
A inspiração de suas composições vem das canções de grandes ídolos: “Tem canções minhas que falam sobre minha vida e sobre a vida dos meus amigos, tenho canções que falam de amor e do mundo em que vivemos, são musicas em português e inglês, mas que não mostro nem a tortura”, revela.
A garota que ouve ultimamente Coldplay, Oasis, Fall Out Boy, James Blunt, Green Day, Lacrimosa, Within Tamptation, System Of a Down, Foo Fighters, The Cranberries, Laura Pausini e Dido, responde a outras perguntas:
No futuro, você pensa em apenas cantar, ou em seguir também uma outra carreira / outra profissão?
“Penso em tantas coisas, penso em cantar, em ser professora de musica, em fazer faculdade de medicina... Mas meu sonho é fazer uma banda, não vou sonhar alto, mas que tenha um bom reconhecimento e que as pessoas possam curtir e gostar das nossas músicas, isso é o que todo bom músico deseja.”
O seu gosto musical se baseia essencialmente em que estilos de musicas?
“Não tenho um que possa me basear, sou muito eclética, tenho uma preferência pelo rock, porem não me rotulo de Punk, Emo, Metaleira, coisas assim. Gosto de musica boa, seja qual o estilo. Gosto também de MPB e as musicas que a mamãe escuta, nos dias de festas da minha casa (Roberto Carlos, The Fivers, Phil Collins, Bee Gees, ABBA). Quase tudo que gosto hoje aprendi com meus pais. Ao entrar na escola de música também pude ter contato com musicas eruditas. E Bethoven, Mozart, grupos como Era e Enia são os meus favoritos.”
O que você acha das mulheres que enfrentaram o preconceito e hoje estão com bandas de rock?
“Guerreiras. Isso mostra que a cada dia que se passa estamos construindo cada vez mais nosso espaço e muitas das vezes podemos provar que somos ate melhor que os homens.
As meninas hoje estão deixando de ser aquela garotinha ‘Mimadinha do Papi’ e se tornando mais rebelde, deixando a bonequinha de lado e pondo pra tocar guitarra, com liberdade de expressão e vontade de fazer musica daquele jeitinho que só nós sabemos fazer...”.
E o que você acha das mulheres que tem pouco talento vocal e usam essencialmente outros artifícios para se promoverem, como a beleza estética?
“Infelizmente é o que mais vemos, e sinceramente eu odeio que as pessoas só consigam enxergar isso. Não só através da beleza, mas se você for olhar existem letras de musicas absurdas no mundo da música, que falam de sexo, traição, droga e outros assuntos de modo descarado, deturpando as coisas. Essas pessoas que utilizam desse meio para chegar ao topo da fama não passam de mascaradas e apeladoras. É triste saber que existem pessoas talentosas que são descriminadas pelo seu modo de vestir, pela sua aparência física, enquanto tem um grande potencial a mostrar.
É incrível como a mídia tem esse poder sobre as pessoas, afinal de contas, quem não gostaria de estar nela? Ela tem um enorme poder persuasivo sobre nós, é ela quem decide quem fará sucesso ou não. E a realidade é que aquele rostinho bonitinho é o que terá seu espaço e seu prestigio. Talento? Isso nunca teve, não importa, o computador faz as transformações!”.
Muitas pessoas têm preconceitos em relação a quem sonha em seguir e ser bem sucedido em uma carreira musical. O que você diria a essas pessoas que não acreditam no sucesso?
“Realmente é um mundo muito difícil e que requer muito esforço, mas quando você quer nada é impossível. Eu diria a essas pessoas que maior que o preconceito delas é a crença em mim e nos meus sonhos; o resto, seria resto!”
Vivian que quando criança cantarolava Sandy e Jr. como muitas outras da época hoje tem referências muito maduras: “Alanis e Amy Lee (vocal da banda Evanescence), são as minhas favoritas. Alanis a voz potente e segura, letras fortes e também românticas, já a Amy tem uma voz invejável, celestial, arrepiante, apaixonante... Uma cantora brasileira que tenho a maior admiração é a Elis Regina, que nos deixou sua querida filha que é o fenômeno Maria Rita”.
A inspiração de suas composições vem das canções de grandes ídolos: “Tem canções minhas que falam sobre minha vida e sobre a vida dos meus amigos, tenho canções que falam de amor e do mundo em que vivemos, são musicas em português e inglês, mas que não mostro nem a tortura”, revela.
A garota que ouve ultimamente Coldplay, Oasis, Fall Out Boy, James Blunt, Green Day, Lacrimosa, Within Tamptation, System Of a Down, Foo Fighters, The Cranberries, Laura Pausini e Dido, responde a outras perguntas:
No futuro, você pensa em apenas cantar, ou em seguir também uma outra carreira / outra profissão?
“Penso em tantas coisas, penso em cantar, em ser professora de musica, em fazer faculdade de medicina... Mas meu sonho é fazer uma banda, não vou sonhar alto, mas que tenha um bom reconhecimento e que as pessoas possam curtir e gostar das nossas músicas, isso é o que todo bom músico deseja.”
O seu gosto musical se baseia essencialmente em que estilos de musicas?
“Não tenho um que possa me basear, sou muito eclética, tenho uma preferência pelo rock, porem não me rotulo de Punk, Emo, Metaleira, coisas assim. Gosto de musica boa, seja qual o estilo. Gosto também de MPB e as musicas que a mamãe escuta, nos dias de festas da minha casa (Roberto Carlos, The Fivers, Phil Collins, Bee Gees, ABBA). Quase tudo que gosto hoje aprendi com meus pais. Ao entrar na escola de música também pude ter contato com musicas eruditas. E Bethoven, Mozart, grupos como Era e Enia são os meus favoritos.”
O que você acha das mulheres que enfrentaram o preconceito e hoje estão com bandas de rock?
“Guerreiras. Isso mostra que a cada dia que se passa estamos construindo cada vez mais nosso espaço e muitas das vezes podemos provar que somos ate melhor que os homens.
As meninas hoje estão deixando de ser aquela garotinha ‘Mimadinha do Papi’ e se tornando mais rebelde, deixando a bonequinha de lado e pondo pra tocar guitarra, com liberdade de expressão e vontade de fazer musica daquele jeitinho que só nós sabemos fazer...”.
E o que você acha das mulheres que tem pouco talento vocal e usam essencialmente outros artifícios para se promoverem, como a beleza estética?
“Infelizmente é o que mais vemos, e sinceramente eu odeio que as pessoas só consigam enxergar isso. Não só através da beleza, mas se você for olhar existem letras de musicas absurdas no mundo da música, que falam de sexo, traição, droga e outros assuntos de modo descarado, deturpando as coisas. Essas pessoas que utilizam desse meio para chegar ao topo da fama não passam de mascaradas e apeladoras. É triste saber que existem pessoas talentosas que são descriminadas pelo seu modo de vestir, pela sua aparência física, enquanto tem um grande potencial a mostrar.
É incrível como a mídia tem esse poder sobre as pessoas, afinal de contas, quem não gostaria de estar nela? Ela tem um enorme poder persuasivo sobre nós, é ela quem decide quem fará sucesso ou não. E a realidade é que aquele rostinho bonitinho é o que terá seu espaço e seu prestigio. Talento? Isso nunca teve, não importa, o computador faz as transformações!”.
Muitas pessoas têm preconceitos em relação a quem sonha em seguir e ser bem sucedido em uma carreira musical. O que você diria a essas pessoas que não acreditam no sucesso?
“Realmente é um mundo muito difícil e que requer muito esforço, mas quando você quer nada é impossível. Eu diria a essas pessoas que maior que o preconceito delas é a crença em mim e nos meus sonhos; o resto, seria resto!”
Fotos e Reportagem: Miguel Baudelair
Um comentário:
Oi, Miguel!
Aquela frase é da Eleanor Roosevelt! =)
E rapaz, essa garota da entrevista é sua amiga? Pois se ela estiver disposta a formar uma banda, diga que eu estou a disposição! Temos interesses afins =)
Feliz 2008 pra você também, querido!
Beijo! E não some ;
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